As Missões de Trabalho visam estabelecer contatos, propor e consolidar parcerias, planejar ações, programas de ensino e pesquisa, fortalecer as cooperações científicas entre docentes e aperfeiçoar os métodos de desenvolvimento científico e tecnológico entre as universidades.
Missões de Trabalho realizadas pelo Projeto Kadila 2012-2015
2012 – Primeira Missão: organizada pela Sinter- Secretaria de Assuntos Internacionais da UFSC à UAN
A Secretaria de Assuntos Internacionais da UFSC -Sinter organizou uma visita a Angola para consolidar os canais de comunicação necessários entre as duas universidades, aberto pela Fitogenética e a Antropologia da UFSC. A profa. Ilka Boaventura Leite, proponente e coordenadora do projeto Kadila, já inscrito no Edital CAPES, participou da Missão organizada pela UFSC, onde apresentou o Projeto para a administração da Universidade Agostinho Neto, representada pelo Pró-Reitor de Assuntos Internacionais Prof. Dr. Agatângelo J. dos Santos Eduardo, Reitor em exercício e participou de atividades do Centro de Estudos do Deserto, coordenadas por Samuel Rodrigues Aço.
A equipe da UFSC, composta pelos professores André Ramos, Rubens Nodari e Juarez Nascimento participaram de diversas atividades, dentre elas a visita ao Museu de Antropologia e o Consulado do Brasil.
Viagem a Tombwa, Njambassana e Mbwhú
1-Reunião com a administração e os professores do Tombwa
Apresentação do Projeto Kadila e as novas perspectivas abertas nesta nova fase de cooperação técnica entre o NUER e o CE.DO. Em seguida, apresentei o professor André Ramos, que falou como representante da UFSC e da Sinter, respondendo as dúvidas dos professores sobre as modalidades de ingresso, suporte e apoio para a realização do intercambio internacional desenvolvidas pela UFSC na atualidade sobre o Programas PEC-PG, entre outros.
2 – Visita a Njambassana
Njambasana dista cerca de 80 Km de Tombwa e é uma aldeia onde está a sede do Centro de Estudos do Deserto. É também o nome da lagoa e do rio que abastece a região e em torno da qual vivem algumas famílias de criadores de gado e pastores da região em casas de pau a pique. Lá está localizada a escola, algumas lojas, um posto da administração e enfermagem e o centro de hospedagem e a sede do Ce.Do. A região pode ser descrita como um vale de montanhas arenosas em cujo centro está a lagoa que favorece a existencia temporária de um oásis, possibilitando a fixação de casas, e nas proximidades, os sambos (locais de acolhimento de rebanhos e pessoas no deserto por curto espaço de tempo) e as ongandas (circulos de ramos de espinheiras no deserto habitados por uma ou mais familias e seus pertences).
3- Visita ao Centro de Estudos do Deserto
Visita ao Centro de Estudos do Deserto –CE.DO e ao Centro de Artes e Ofícios, fundado em 25 de Maio de 2007 através da iniciativa do professor Samuel Rodrigues Aço com a participação de docentes e de 30 estudantes da Licenciatura em Antropologia da UAN em 5 missões de investigação antropológica na área;
Visita às novas construções com hospedarias e oficinas de fabricação de adobe para construção de casas.
4 – Encontro com os Pastores no Mbwhú
-O Curoka e o Mbwhú
O Curoka (também escrito com K) é o termo usado par nominar o rio, as pessoas e recobre também uma extensa região de pastagens no Deserto, ponto de passagem descrita pelos viajantes que buscam o Parque do Iona, reserva nacional. No Curoca, há cerca de 70 km de Njambasana está um espécie de vale onde se avista de longe o Mbwbú ( também se diz e escreve Umbú), enorme montanha de pedra que se destaca e demarca um ponto especial na paisagem da região.
– O Posto de Paragem do Mbwhú
“O encontro com os pastores foi o momento mais emocionante da viagem, principalmente porque a proximidade já existia entre nós, através do acompanhamento da pesquisa de campo e a orientação da dissertação da antropóloga Milena Argenta. Pude “rever” a todos, sentir o calor humano dos olhares e da intenção explícita em nos receber e acolher. Com eles passamos todo o dia, no posto construído pelo Ce. Do, neste lugar mágico chamado MBWHÚ, para onde eles convergem em situações críticas como naquele período em que as chuvas ainda nem se anunciavam e a falta d’água e de pasto já era tão visível. Almoçamos um delicioso guisado feito lá mesmo com carne e sangue de cabra, especialmente para a ocasião e experimentamos a aguardente de banana.
Entreguei ao soba Antônio Mbeiapé uma cópia da dissertação da Milena, num gesto de agradecimento e reconhecimento pelas informações e colaborações do grupo para a realização do trabalho, a primeira pesquisa de campo realizada em África pela Antropologia da UFSC . Entreguei também alguns presentes ao soba e para algumas pessoas que colaboraram mais diretamente na pesquisa, como a Ana Paula e seus familiares. Fui presenteada também pelo soba, com um belo recipiente feito de madeira por ele mesmo, usado para a ordenha e para o coalho do leite, alimento importante dos habitantes da região.”(Depoimento de Ilka Boaventura Leite)
Missão de Trabalho da UAN à UFMG – Belo Horizonte, outubro de 2013
Reunião do Projeto kadila em Belo Horizonte, com as profas. Amélia Arlete Rodrigues Mingas, decana da Faculdade de Letras e Linguística da UAN, a profa. Ilka Boaventura Leite, coordenadora do Projeto Kadila e a profa. Sonia Queiroz da área de Letras, UFMG.
Pauta:
– Cronograma das próximas missões de estudos e trabalho da UFSC a Angola.
– Elaboração de minuta do Termo Aditivo e renovação do convênio geral entre a UFSC e a UAN.
-Planejamento de pesquisas e formação docente no âmbito do Projeto Kadila.
Missão de Trabalho à UAN – Luanda, março de 2014
Reunião com a equipe da UFSC composta pelos professores Marcos Montysuma, Cristine Gorski Severo, Ilka Boaventura Leite e os professores da UAN, o Decano Dr. Petelo, Daniel Sassuco, prof. Samuel Aço e demais membros da Faculdade.
Resultados diretos da Missão de Trabalho de 2014:
-Renovação do convênio entre a UFSC e ISCED
-Renovação do Convênio entre a UAN e a UFSC
Missão da UFSC à UAN – Luanda, março de 2015-04-23
Participantes: Leticia Cesarino (Antropologia, UFSC) e Silvio Correa (História, UFSC).
Pauta de atividades e participantes:
-Reunião na Faculdade de Letras e Linguística da UAN, com a decana profa. Amélia Mingas, o vice decano Petelo e demais professores da Faculdade: Mavungo Chicuna, Daniel Peres Sassuco e Manuel Domingos José, entre outros. Participaram tambémdesta reunião os pesquisadores do Ce.Do: Teresa Aço e Abel Pedro.
-Reunião na Faculdade de Ciências Sociais, com o decano Victor Kajibanga, a vice decana Luzia Milagres e os professores Mateus kamba Cavula e Virgílio Coelho.
Pauta:
– Ampliação da rede de pesquisadores/colaboradores do Projeto Kadila
– Avaliação do cronograma de atividades e planejamento previsto para o período restante do Projeto em 2015.
– Dificuldades encontradas no intercambio docente e discente – melhor operacionalidade das missões.
Missão de Trabalho do Projeto Kadila da UAN à UFSC – março de 2015
Participantes:
Profs. Amélia Mingas e Manuel Domingos José da UAN e os profs. Ilka Boaventura Leite, Cristine Gorski Severo, Nazareno José de Campos, Leticia Cesarino, Silvio Correa e Simone Schmidt da UFSC e profa. Sonia Queiroz da UFMG.
Pauta:
Intercambio de docentes e discentes das duas universidades
Planejamento de Atividades do kadila no ano de 2015 e 2016
Pesquisas e publicações a serem feitas em regime de cooperação
Questões administrativas dos convênios e protocolos entre as duas universidades.
Missão da Faculdade de Ciências Sociais da UAN à UFSC março de 2015
Participantes da UAN: Luzia Milagres (vice decana) e José Nkosi (chefe do departamento de Psicologia)
Participantes da UFSC: Ilka Boaventura Leite, Oscar Calávia (Chefe do Departamento de Antropologia), Cristine Gorski Sever (Lingüística), Nazareno José Campos (Geociências), Leticia Cesarino (Departamento de Antropologia), Amurabi Oliveira (Departamento de Sociologia).
-Reunião no NUER com pesquisadores do Projeto kadila:
Pauta:
-Situação dos estudantes intercambistas que se encontram na UFSC pelo Projeto Kadila até julho.
-Participação da Faculdade de Ciências Sociais no Projeto Kadila
-Proposta de Termo Aditivo específico com o CFH
-Reunião com o diretor do Centro de Ciências Humanas prof. Paulo Pinheiro Machado para discutir o Termo Aditivo proposto.
-Reunião com a Reitora por ocasião da assinatura do convenio INCRA-UFSC que prevê a colaboração do NUER nos relatórios técnicos sobre comunidades quilombolas em Santa Catarina.
-Reunião com o diretor adjunto da Secretaria de Assuntos Internacionais da UFSC prof. Aguinaldo para tratar do Termo Aditivo a ser assinado pelos dois diretores das faculdades e que deverá integrar o termo do Convênio Geral entre as duas universidades UFSC e UAN.
MISSÃO DE TRABALHO BRASIL –ANGOLA
Realizada Angola em 04/09/2017 a 08/09/2017
Durante os 4 dias da Missão de trabalho realizado pela coordenadora do Projeto Kadila, a profa. Ilka Boaventura Leite foram realizadas as seguintes atividades:1-Três reuniões de trabalho com a coordenadora do convênio na UAN, profa. Amélia Mingas, da Faculdade de Letras. 2- Reunião de trabalho com o prof. José Kalunsienko Nkosi, da Faculdade de Ciências Sociais, co-orientador na UAN de Yersia Souza de Assis, doutoranda do PPGAS/UFSC; 3-Reuniões de orientação com a doutoranda Yérsia Souza de Assis, que encontra-se em doutorado sanduíche com bolsa de estudos do Projeto Kadila em Luanda. Ela permaneceu até 30/11 em Luanda em pesquisa para sua tese. 4-Reunião com o professor e vice-diretor do Instituto Superior Politécnico do Huambo Marino Leopoldo Sungo; 5-Reunião com a atual diretora do Centro de Estudos do Deserto, Maria Teresa Aço, sobre o Observatório da Transumância.; 6-Reuniões com os professores da UAN, Nsimba Jose e Daniel Perez Sassuco, integrantes e colaboradores do Projeto kadila na UAN/ Angola; 6-Visita, acompanhada da doutoranda Yérsia Assis e Teresa Aço ao Museu da Escravatura, um dos locais onde estamos realizando pesquisa; 7-Participação e apresentação da sessão pública de lançamento do livro “kadila: Culturas e Ambientes – diálogos Brasil Angola em sua versão impressa. Nesta sessão estiveram os autores do livro, o diretor e a vice-diretora da Faculdade de Letras, além da coordenadora do Kadila em Angola, a linguista Dra. Amélia Mingas. O evento contou com um público formado por estudantes e professores da Universidade Agostinho Neto.